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O goleiro que driblou Videla

Roberto Jardim 3 de agosto de 2019

A ditadura tirou-lhe a casa, o sonho de ser jogador de futebol e 121 dias de sua vida. Os milicos que tomaram de assalto a Argentina em 1976 jamais conseguiram roubar, porém, suas ideias e sua dignidade. Por isso, superou a tortura e a pressão psicológica, sobrevivendo para lograr uma fuga e revelar os porões da repressão.

A carreira futebolística de Claudio Tamburrini pode não ter sido tão exitosa como a da maioria dos outros integrantes do Democracia Fútbol Club. Foram, afinal, apenas dois anos como profissional. Também não conquistou títulos nem teve a mínima chance de disputar uma Copa do Mundo sequer com a seleção hermana. Muito menos foi ídolo pelos seus feitos dentro de campo.

Claudio tem, porém, uma das histórias mais marcantes entre os 11 titulares desta esquadra. Sua presença na lista de atletas que lutaram pela democracia e pela liberdade é garantida por ter se tornado um dos poucos presos e torturados pela Junta Militar, que comandou a Argentina de 1976 a 1983, a ter escapado com vida de um centro clandestino de tortura.

Claudio foi além. Anos depois da fuga, voltou a Buenos Aires para o julgamento dos seus algozes. Já formado em Filosofia e morando na Suécia, ajudou a promotoria a conseguir a condenação dos responsáveis pela repressão ditatorial no conhecido processo do Juicio a las Juntas.

Por isso, o goleiro que era quando teve sua carreira precocemente interrompida assume a defesa do gol da nossa equipe. É possível, dizer, porém, que foi um arqueiro driblador, já que fintou a repressão ao escapar das mãos de chumbo e sobreviver para contar o que passou.

Seis ditaduras em 53 anos

Antes de prosseguirmos, vale lembrar um pouco da história da Argentina e a situação pela qual o país passava em meados dos anos 70. Quando Claudio se profissionalizou, em 1975, os argentinos viviam um dos raros intervalos democráticos até aquele momento do século 20.

Afinal, foram seis ditaduras, todas iniciadas com golpes perpetrados pelas Forças Armadas. A primeira durou dois anos, de 1930 a 1932. Na sequência, vieram as de 1943 a 1946, de 1955 e 1958 e de 1962 a 1963. O quinto golpe teve início em 28 de junho de 1966, e perdurou até 25 de maio de 1973. Todos esses períodos foram encerrados com a convocação de eleições – a última com a volta de Juan Domingo Perón, idolatrado por parte da população.

Um país tão atribulado e com elites tão pouco afeitas à vontade das urnas, contudo, não viveria muito tempo sob as luzes da liberdade – se é que vivia mesmo com eleições. Após a morte de Perón em 1974, a viúva María Estela Martínez de Perón assumiu o poder e iniciou um período de forte repressão política.

Nesse clima, em 24 de março de 1976 eclodia nova sublevação militar, instalando o autodenominado Processo de Reorganização Nacional, comandado por integrantes das três Armas. De saída, a Junta Militar sancionou um estatuto de duas atas de caráter complementar e com hierarquia jurídica superior à Constituição.

Daquele primeiro ano até 1980, o país seria governado pelo general do Exército e primeiro presidente da ditadura Jorge Rafael Videla, pelo almirante Emilio Eduardo Massera e pelo brigadeiro Orlando Ramón Agosti. Outras três Juntas seriam formadas até 1983.

O regime se manteve e recrudesceu a “guerra suja” já instalada no país, baseada no terrorismo de Estado, usando a desculpa do combate a grupos guerrilheiros, como os Motoneros, para tirar a liberdade dos cidadãos argentinos. O sistema violava massivamente os direitos humanos, matando e desaparecendo com cerca de 30 mil pessoas. Entre as vítimas constavam até bebês e crianças que, com pais presos, vivos ou mortos, eram “adotadas” por integrantes das três Armas ou seus colaboradores.

A ditadura no país hermano só terminou em 1983, após a malfadada Guerra das Malvinas.

Futebol, trabalho e Filosofia

Voltemos à história do nosso camisa 1. Cria da base do Vélez Sarfield, tornou-se profissional na segunda divisão do futebol argentino, em 1975. Claudio trocou El Fortín pelo Club Atlético Almagro, equipe que atualmente disputa a Primera B Nacional – equivalente à segunda divisão brasileira.

Aqui vale uma curiosidade: El Tricolor, como é conhecido o Almagro, é tido como clube irmão do Grêmio Porto-Alegrense, por seu uniforme principal ser igual ao do tricampeão da Libertadores. Fora isso, apesar de ser do bairro de Almagro, em Buenos Aires, a equipe sempre mandou seus jogos em Tres de Febrero, cidade vizinha.

Apesar da rotina de treinos e jogos do Almagro, o camisa 1 conseguia conciliar futebol a um emprego como vendedor, pelas manhãs, e aos estudos, à noite. Cursava Filosofia na Faculdad de Filosofía y Letras, de Buenos Aires. Por conta dos dias agitados que vivia, havia deixado de lado a militância estudantil, à qual ingressara ainda na adolescência.

– No último ano do secundário, em 1972, comecei a participar da política, por meio do centro de estudantes. Logo, entrei para o centro estudantil da faculdade, no qual atuei ativamente até 1975. Cheguei a ser membro da Federación Juvenil Comunista, órgão do PC argentino – conta Claudio por e-mail, desde a Suécia, onde hoje vive e dá aulas na Universidade de Estocolmo.

Morando próximo à casa da família, jamais imaginou que, em novembro de 1977, sua rotina iria mudar. Mesmo afastado há dois anos da atividade política, foi sequestrado por agentes dos órgãos de repressão. A partir daquela quarta-feira e pelos próximos 121 dias, passaria por uma das mais terríveis experiências pela qual uma pessoa pode passar.

Foi torturado das mais variadas maneiras. Até que, em março do ano seguinte, conseguiu, ao lado de outros três companheiros de infortúnio, escapar de um centro de tortura. Eles foram os únicos quatro presos da ditadura argentina a concretizarem uma fuga, vivendo para contá-la.

Após alguns anos daqueles acontecimentos, escreveu o livro Pase Libre, lançado em 2001. Cinco anos depois a obra foi transformada no filme Crónica de una Fuga, do diretor Adrián Caetano. Os dois títulos contam em detalhes aqueles dias e esmiuçam a aventura dramática pela qual passou junto com outros companheiros de prisão.

O sequestro

No amanhecer de 23 de novembro de 1977, uma quarta-feira, um grupo invadiu da casa da família Tamburrini, no bairro Ciudadela, em Buenos Aires. Claudio não vivia no local desde que se casara, dois meses antes. Sua mãe, que estava no trabalho, foi buscada pelos homens que procuravam seu filho, então com 23 anos recém-completados.

Após uma série de ameaças e agressões, verbais e físicas, ela acabou entregando o endereço do atleta. Sua nova moradia ficava no mesmo bairro, cerca de 600m da residência do restante da família. Como trabalhava com vendas pelas manhãs, Claudio também não estava em casa.

– Quando cheguei, por volta de meio-dia e meia, dois homens em trajes civis, mas armados, aproximaram-se. “Você é jogador do Almagro?”, queria saber um deles. Ao que respondi afirmativamente. Outro perguntou: “Então você é goleiro?”. Fiz que sim com a cabeça. Em seguida ele me deu um soco no estômago e disse: “Então segura essa” – relata, no seu livro.

Em seu depoimento no julgamento do caso, em junho de 1985, Claudio detalhou o que sofreu a partir daquele momento. Dentro do carro no qual seria levado para seu destino, foi jogado no chão e encapuzado – passou dessa forma todos os dias até a sua fuga. Além disso, começou a ser agredido, verbal e fisicamente.

O goleiro acredita que o veículo circulou por cerca de 30 minutos, além de notar que passaram por uma linha ferroviária antes de chegarem ao destino final. Lá, pelo que pôde ver do chão onde pisava, pelos cheiros e barulhos ao redor, estava em um local amplo, cercado de grama e árvores.

– Desci do carro apanhando! – rememora.

Na casa em que logo o colocaram, foi levado para o segundo piso. Ainda sob agressões, foi interrogado sobre supostas conexões e atividades políticas. Não adiantava afirmar que estava afastado do movimento estudantil desde que se profissionalizara no futebol.

Depois das respostas que não satisfizeram seus captores, Claudio sentiu que lhe arrancaram as roupas. Em seguida, foi amarrado e passou pela primeira sessão mais forte de tortura: choques elétricos em diversas partes do corpo.

Com o sofrimento físico e a pressão mental, perdeu a noção do tempo, sem saber precisar depois de quantas horas foi desamarrado e, enfim, levado a um quarto, onde havia outro preso político.

Rotina e planejamento

O desenrolar daquela primeira tarde virou rotina para Arqueiro ou Almagro, como começou a ser chamado pelos carrascos. Passava o tempo todo encapuzado, sentado em um colchão, ao lado de outro preso, esperando os interrogatórios e a tortura, psicológica e física – ele enfrentaria também por sessões de afogamento e espancamentos.

Conversas com o companheiro de infortúnio só podiam ser em voz baixa, para não chamar a atenção e a ira dos verdugos. Passou a comer e a dormir muito pouco, perdendo 10kg somente nas primeiras semanas.

Após dois dias na casa, um homem que disse se chamar Lucas explicou que ele e seu “colega de quarto” estavam sob investigação. Mais ou menos na mesma data, um ex-colega de escola de Claudio vivenciou com ele em uma das sessões de tortura. Os dois foram vítimas de afogamentos, no que o goleiro acreditava ser uma banheira. Assim, o camisa 1 do Almagro descobriu que seu nome constava na agenda desse estudante, e que por isso caiu preso.

Quase um mês após chegar à casa, Claudio ficou sabendo que estava na Mansión Seré, um casarão gigante, abandonado, em Morón, província de Buenos Aires. Esse era um dos inúmeros centros clandestinos de tortura implantados pelo regime militar.

No dia 23 de dezembro, foi transferido para outro quarto, onde ficou em companhia de cinco jovens. Todos na mesma situação. Claudio conta que, com o passar do tempo, ele e seus companheiros aprenderam como funcionava a sistemática da Mansión. A guarda era trocada a cada três dias e era responsável por, além de evitar fugas, alimentar os presos e fazer rondas em diversos horários.

Havia também o grupo responsável pela tortura e pelos interrogatórios, conhecido como La Patota. Era quem realizava as sessões de choque, afogamentos e espancamentos durante uma semana sem intervalos. Às vezes sem necessidade de perguntas. Depois, tratava os presos de forma mais amena para, em seguida, voltar à carga violenta.

Depois de quase quatro meses no local, houve uma primeira tentativa de fuga. Em fevereiro, três pessoas novas chegaram à mansão, levadas pelos verdugos. Enquanto torturavam uma, deixaram as outras duas no andar de baixo. Elas aproveitaram um descuido da guarda e escapuliram.

Claudio não recorda o que houve com os dois fugitivos. Após esse episódio, porém, todos os presos passaram a ficar o tempo todo algemados e a dormir com uma das pernas amarrada ao pé da cama. Além disso, também eram obrigados a ficar sem roupas, o que dificultava ainda mais uma possível fuga.

Mais ou menos nessa mesma época, os detidos ficaram sabendo da morte de um “companheiro” que havia passado pelo mesmo quarto e que fora “transferido” semanas antes. Com isso, a decisão de fugir se concretizou.

– Diante da impossibilidade de continuar naquelas condições, a alternativa de fuga passou a ser um plano, mesmo que não tivéssemos êxito – lembra.

Em um dos quartos da Mansión Sére, além de Claudio, estavam Carlos Garcia, Daniel Rusomano e Guillermo Fernandez.

A fuga

Com o objetivo de ser uma fuga infalível – até porque, se falhassem, morreriam –, planejaram os passos nos seus mínimos detalhes. Após conseguir abrir uma das janelas, testaram lençóis e cobertas como cordas e cronometraram, mesmo sem relógios à disposição, o tempo que teriam para escapar no meio da madrugada, entre as revistas feitas pelos guardas.

Em seu depoimento, Claudio lembrou que por pouco o plano não foi cancelado. Quarenta e oito horas antes da fuga, os integrantes de La Patota chegaram à Mansión Seré fazendo muito barulho, gritando ameaças e distribuindo agressões. O que já era normal, segundo o goleiro.

Um deles, porém, chegou até nosso personagem e perguntou se ele era Claudio Tamburrini:

– Quando respondi que sim, senti que ele colocou uma arma na minha cara e disse: “Nós sabemos que você está planejando uma fuga, mas estamos te deixando fazer para aplicar a lei da fuga. Vamos esperar você e os outros três no andar de baixo”.

A ameaça dividiu o grupo de prisioneiros. Claudio e Guillermo não queriam adiar a escapada, com risco de mudança nas rotinas. Carlos e Daniel ficaram receosos.

Mesmo assim, a dupla a favor colocou o plano em andamento entre a noite de 23 e a madrugada de 24 de março. A data não poderia ser mais representativa, era véspera do aniversário de dois anos do golpe de Estado que empossou a Junta Militar.

Dessa forma, pouco depois da meia-noite, o goleiro e Guillermo se livraram das amarras nos tornozelos. Magro que estava, o segundo também conseguiu desfazer-se das algemas. Os dois, então, abriram a janela e mostraram aos outros companheiros que a fuga era inevitável e era melhor todos escaparem.

Com Carlos e Daniel convencidos, fizeram as cordas com lençóis e cobertas e conseguiram descer para o pátio. Depois de alguns segundos esperando qualquer reação do interior da casa, correram em direção ao limite do terreno. A cada barulho de carro ao longe ou cachorros latindo, atiravam-se ao chão, assustados.

Não fosse uma situação que os colocava entre a vida e a morte, a cena pareceria tirada de uma comédia pastelão, dessas que costumam passar na Sessão da Tarde. Isso porque o quarteto estava sem roupas.

Tentaram furtar pelo menos dois carros, sem sucesso. Ora sendo enxotados por um vizinho, que começou a gritar; ora pelo azar de não conseguir fazer com que os veículos funcionassem.

O grupo escapou correndo, esgueirando-se nas sombras da madrugada. Espremendo-se junto a muros, encolhendo-se atrás de arbustos ou tentando esconder-se colados a uma ou outra árvore. Após ver um carro que passava com os faróis ligados, entraram no pátio de uma residência, de onde surrupiaram algumas camisas e camisetas. Nada, porém, de calças.

Seguiram correndo, tentando aqui e ali abrir um carro. Após uma nova tentativa frustrada, se separaram. Claudio escondeu-se no pátio de uma residência e os outros três entraram na garagem de uma casa em construção do outro lado da rua.

Guillermo decidiu tocar a campainha de uma residência vizinha. Após falar com alguém pela janela, recebeu uma calça e saiu correndo. Mais ou menos na mesma hora, o terrível som de helicópteros já era ouvido pelo quarteto, indicando a possível descoberta da fuga e o começo da perseguição.

Uma virada no clima, porém, ajudou os fugitivos. Um temporal começou e as aeronaves tiveram de retornar à base. Em seguida, Claudio decidiu atravessar a rua e se unir a Carlos e Daniel na garagem em obras. Ali, ficou sabendo que Guillermo havia decidido arriscar a sorte.

Guillermo disse à vizinha do lado que havia sido vítima de um assalto e necessitava pedir ajuda a familiares. Ele havia prometido procurar ajuda e mandar alguém vir busca-los, o que aconteceu por volta das 6h, quando um carro se aproximou e Carlos viu que era o veículo do seu pai. O trio restante entrou no automóvel e redescobriu, de vez, a liberdade.

Vida nova e um sonho recorrente

Depois da fuga, cada um pegou rumos diferentes. Claudio refugiou-se na casa de conhecidos. A escapada aconteceu em março, no dia dos dois anos do golpe militar, e nosso camisa 1 viveu clandestino em Buenos Aires pouco mais de um ano, até maio de 1979:

– Solidariamente, eles me abrigaram até que a situação se acalmasse e eu pudesse circular.
Nesse período, a Argentina viveu um dos seus maiores feitos no futebol, organizou e conquistou uma Copa do Mundo, disputada de 1º a 25 de junho de 1978.

– Eu via os jogos da seleção pela televisão e torci para que a Argentina ganhasse o Mundial – conta no livro Futebol à Esquerda, do espanhol Quique Peinado, para depois questionar-se:

– Como é possível, considerando a experiência que eu acabara de viver?

Um ano e dois meses após a fuga, ele embarcou definitivamente para a liberdade. De trem, viajou até Puerto Iguazú, na Fronteira com o Brasil.

– No dia 25 de maio de 1979 entrei em Foz do Iguaçu, no Paraná. Depois, viajei até o Rio de Janeiro, onde pedi asilo político na ACNUR (agência para refugiados da ONU) – relembra por e-mail.

Permaneceu no Rio por três meses, com permissão de residência. Em 22 de agosto, chegou ao seu destino final: Estocolmo, na Suécia, onde mora até hoje. Na capital do país escandinavo, Claudio terminou a faculdade de Filosofia e virou professor da universidade local.

Também tentou retomar o futebol:

– Logo que cheguei aqui, passei a jogar no Ulriksdal, time da quarta divisão local. Mas os treinos e tudo o mais não eram suficientemente profissionais.

Depois de um tempo, já aos 35 anos, Claudio voltou a jogar, num time que fundou com amigos, o FC Tolkarna, onde atuou como goleiro e meio-campista. Depois de cinco anos, deixou os gramados e hoje é técnico da equipe, que compete pela Divisão 7 da liga regional de Estocolmo.

Em conversa por e-mail, Claudio lembra que nunca teve pesadelos por conta do que passou na Mansión Sére. Um sonho recorrente, porém, o despertou pelo menos sete vezes desde 1978. Ele se via em meio a um quartel, vigiado por soldados, mas em regime aberto – sem cercas, algemas ou tortura:

– Seria possível sair dali a qualquer momento. Por alguma razão, porém, não consigo sair do lugar. Isso me produz uma angústia e pensava, no sonho, “tenho que ir enquanto é possível, mas por que não consigo?”. Em meio a essa situação, eu acordava.

Se por um lado Claudio não conseguiu realizar o sonho da maioria dos jogadores de futebol – chegar à seleção nacional, conquistar títulos etc. –, por outro, conquistou algo que outras 30 mil vítimas da ditadura argentina jamais chegaram perto: preservar a vida e a liberdade. E hoje, ainda, dispõe-se a falar do que passou como forma de alerta para que fatos como aqueles jamais voltem a acontecer.

PS.: o julgamento do qual Claudio fez parte como testemunha, o Juicio a las Juntas, em 1985, condenou muitos dos protagonistas dos governos de 1976 a 1983. Entre eles estavam Jorge Videla (prisão perpétua, morreu em 2013); Emílio Massera (prisão perpétua, morreu em 2010); Roberto Viola (17 anos de prisão, morreu em 1994); e Orlando Agosti (quatro anos de prisão, morreu em 1997). Todos, porém, foram indultados pelo presidente Carlos Menem, em 1999.


PRÓXIMO CAPÍTULO: Nosso camisa 2, que, além de ativista, escreve poemas, contos e crônicas: 2 — O zagueiro intelectual


A série tem a colaboração de Diego Figueira, na revisão dos textos, e do craque do traço Gonza Rodriguez, nas ilustrações.

A ideia é manter o Democracia Fútbol Club na ativa. Queremos ir atrás de mais histórias de times e clubes, de torcedores e torcidas. Afinal, como disse o técnico uruguaio Óscar Tabárez, o futebol é uma excelente desculpa para falarmos de outros assuntos. E é sobre isso que queremos falar. Futebol e outros assuntos. Assim, estamos aqui, pedindo uma força para vocês! Apoie o Democracia Fútbol Club.

 

 

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Roberto Jardim

Jornalista, dublê de escritor e pai da Antônia. Tudo isso ao mesmo tempo, não necessariamente nessa ordem. Autor dos livros Além das 4 Linhas e Democracia Fútbol Club.Como fazer jornalismo independente, mantém uma campanha de financiamento coletivo no Apoia.se, que ajuda na produção do projeto Democracia Fútbol Club, que tem o objeto de contar a história de jogadores e técnico, times e clubes, torcedores e torcidas que usaram a desculpa do futebol para irem além das quatro linhas.

Como citar

JARDIM, Roberto. O goleiro que driblou Videla. Ludopédio, São Paulo, v. 122, n. 3, 2019.
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