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Livros de futebol em pauta: sim, há diversos motivos para lê-los!

Giulia Piazzi 22 de agosto de 2016

Recentemente, tratamos aqui do nicho editorial dos livros de futebol, ainda pouco pesquisado no âmbito acadêmico, em especial no que diz respeito a investigações na área da edição. Essas publicações, entretanto, não se tratam de algo novo. E quando pensamos que esses livros apresentam um esporte tão popular e tão rico historicamente, podemos nos questionar sobre como eles não poderiam se tornar uma cultura entre os adoradores do esporte bretão.

A princípio, as primeiras publicações sobre futebol serviam para que os interessados em acompanhar jogos e campeonatos pudessem entender melhor como funcionava o esporte, ainda amador e pouco assimilado pelo público (GAMBETA, 2014, p. 13). Àquela época, os livros de futebol tinham características didáticas e se propunham a divulgar as regras para novos jogadores, árbitros e futuros “torcedores”. Mário Cardim foi o jornalista responsável por traduzir para o português o livro de regras da Football Association, trazido por Charles Miller em sua bagagem – em 1894 –, que deu origem ao primeiro livro de futebol publicado no Brasil: o Guia de football, de 1903. E ele mostrava grande preocupação com a precisão legal das regras, não somente em ensiná-las. Com isso, percebeu-se a intenção de padronizar o futebol rigorosamente sob a norma internacional (GAMBETA, 2014, p. 14), na medida em que Cardim atualizava o guia de acordo com as atualizações feitas pela FA.

É importante destacar, ainda, que essa padronização do jogo e das regras minimizou – apesar de não ter evitado totalmente – os conflitos entre os times de diferentes cidades e regiões nas disputas de campeonatos (SANTOS NETO, 2002, p. 90). Podemos inferir que a publicação e a divulgação das normas do futebol é que permitiram o desenvolvimento do esporte de modo geral, para que fosse possível posteriormente a construção de seleções nacionais e as competições internacionais.

Mas e para o torcedor? Quais os efeitos causados pela leitura dos livros de futebol? Em que medida esses livros foram importantes para dar início a uma verdadeira paixão em forma de esporte? Quais os maiores motivos que instigam o torcedor-leitor a buscar os livros como referência e fonte de conhecimento contínuo, não somente sobre o esporte? Quais temas são levantados e abordados nessas publicações para além do mundo da bola? Quais são, afinal, as vantagens de ler esses livros?

É por meio de questionamentos como esses que podemos discutir a prática da leitura de livros de futebol como uma grande oportunidade para quem é apaixonado pelo esporte. Propõe-se aqui, por conseguinte, o debate acerca da relevância das publicações sobre o esporte e a apresentação dos maiores motivos para que o torcedor mergulhe profundamente nas infinitas páginas dos livros de futebol.

Hoje (29/10) é dia Nacional do Livro. Na foto, o Sebinho, em Brasília, é referência no setor de livros usados. Possui um amplo acervo de títulos nas mais variadas áreas (José Cruz/Agência Brasil)
Foto: José Cruz/Agência Brasil.

Se o futebol é popular, a leitura também pode (e deve!) ser

O futebol, no mercado editorial, faz parte de um nicho bem específico. Em geral, as grandes editoras publicam títulos sobre o esporte em momentos mais oportunos, como a Copa do Mundo. Nesses períodos, as vendas nem sempre têm um aumento expressivo, mas o mercado se mostra aquecido com uma “enxurrada” de novos livros.

As pequenas editoras especializadas no assunto, por sua vez, preocupam-se com a inteira qualidade das obras e envolvem a própria paixão de seus editores por futebol para publicar sobre a temática (PIAZZI, 2015, p. 49). A LivrosdeFutebol.com, a Livraria e Edições Folha Seca, a Maquinária Editora, a Panda Books e a Pontes Editores são exemplos de comprometimento com os aspectos mais relevantes do futebol, e seus títulos podem ser recomendados sem hesitação. É a existência de editoras especializadas que ajuda a promover a bibliodiversidade[1] (MUNIZ JR., 2010), e é aí que o leitor entra em campo: vários nichos editoriais significam uma gama de opções de leitura, já que os pequenos grupos não costumam seguir tendências de mercado e nem se pautam por temáticas que estão sob os holofotes.

Dessa forma, o consumidor passa a ter mais autonomia sobre as suas escolhas e sobre aquilo que quer ler, já que nas pequenas editoras há “o comprometimento por parte dos editores em oferecer, ao consumidor, alternativas que não devem seguir um padrão determinado por grandes mercados de massa, mas sim um diferencial capaz de atrair o público” (PIAZZI, 2015, p. 50).

Quando o primeiro livro de futebol foi publicado, em 1903, houve a preocupação com a minimização de conflitos, com a padronização do jogo, com o ensino do esporte a árbitros e jogadores, como citado anteriormente. Mas o Guia de football também era direcionado a fãs, não somente aos praticantes. Dado o sucesso do campeonato da liga (LPF), em 1902, Mário Cardim reuniu, no ano seguinte, informações para quem quisesse acompanhar o torneio, entre regras, times, regulamento e explicações de jogadas (GAMBETA, 2014, p. 13). Nesse sentido, embora a princípio isso tenha ocorrido apenas entre a elite, a leitura e o entendimento das regras foi fundamental para que os interessados no esporte pudessem acompanhá-lo e virassem torcedores assíduos.

Trazendo essa discussão para os dias atuais, ainda são vistos em jornais ou outros impressos – até mesmo em dias de jogos nos estádios – guias para acompanhar os campeonatos, com o histórico de confrontos dos clubes nas competições em andamento, por exemplo. Porém, dificilmente se nota a presença de explicações de regras ou jogadas, como era feito antigamente. Como exemplo, temos o Guia do Torcedor, distribuído nos jogos do Cruzeiro no estádio do Mineirão, que, segundo o departamento comercial e de marketing do clube, “é uma revista de 15 páginas, onde é possível encontrar estatísticas, curiosidades, reportagens e um quiz sobre a história vencedora do tetracampeão brasileiro”.

Vê-se que o conhecimento do esporte e a sua popularização tornaram-se mais “naturais”, atualmente. Ainda que nas escolas os estudantes tenham aulas de futebol na disciplina de Educação Física, elas ocorrem de maneira prática, em geral, e o próprio entendimento sobre o esporte talvez se dê pelo acompanhamento de jogos de campeonatos – em um caráter “hereditário”, talvez, antes mesmo de ter a escola como mediadora dessa prática. A bola, hoje, é um dos primeiros presentes para uma criança, ainda que muito pequena, o que torna esse contato com o futebol um pouco mais “espontâneo”.

Entretanto, se não lemos os livros de regras para aprender como se joga futebol, podemos ler livros de futebol em seus outros diversos gêneros e com outros objetivos. Até pelo menos os anos de 1950, quando já haviam sido publicados 100 livros sobre a temática, as principais obras tinham o caráter de ensino de regras, treinamento e referências.[2] O impacto causado por obras como O negro no futebol brasileiro, de Mário Filho, e História do futebol no Brasil (1894-1950), de Thomaz Mazzoni – respectivamente, de 1947 e 1950 –, trouxe um novo viés aos livros sobre o assunto: um cunho mais histórico e que continha, inclusive, a abordagem de temas sociais. De lá para cá, tivemos o sucesso das biografias, dos livros de clubes, dos almanaques, entre tantos outros.

E é esse caminho que podemos percorrer em relação à leitura. Ler esse tipo de publicação tem vários efeitos e vantagens para os leitores/torcedores. Entre eles, a opção de escolher um livro de um tema de que gostam e, ao mesmo tempo, estudar e conhecer “sem pretensão” assuntos importantes que são abordados em meio à história do futebol e seus bastidores. Portanto, essa temática pode e deve ser popularizada. Afinal, se o futebol é de massa, por que os livros sobre ele não podem ser?

Rio de Janeiro - Crianças da comunidade escolhem livros na abertura da quarta edição da Festa Literária das Periferias (Flupp) (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.

Ler livros de futebol também é estudar História

Certamente conseguimos notar que muitos livros de futebol – a depender do gênero, é claro – trazem uma bagagem histórica indiscutível. A história dos clubes pelos quais torcemos perpassa questões muito importantes na história mundial e na história do Brasil do século XX. E não somente com relação ao futebol em si, mas também quanto ao uso do esporte como instrumento político, por exemplo.

Os livros de futebol mais publicados até os dias de hoje são os livros de clubes (TAKARA, 2014, p. 8), e muitos exemplares que objetivam apresentar a história dos times brasileiros têm como pano de fundo o próprio cenário político, econômico e social do nosso país – na época de suas fundações ou das conquistas dos seus principais títulos. Para aqueles que se interessam em conhecer sobre a história do futebol de modo geral, não necessariamente de seu time do coração, há inúmeros títulos com uma infinidade de informações e curiosidades fundamentais para compreender a popularização e a ascensão do esporte bretão no Brasil.

O futebol tem envolvimento intrínseco na história do Brasil do século XX; e a história do Brasil desse século, em alguns pontos, é indissociável do futebol. Para provar isso, o jornalista e historiador Marcos Guterman publicou a obra O futebol explica o Brasil – Uma história da maior expressão popular do país, em 2009, pela Editora Contexto, separando por décadas a história do esporte desde sua chegada da Inglaterra. Guterman apresenta fatos que explicam vários acontecimentos sociais, culturais e políticos.

A urbanização do Brasil, que contribuiu para que o futebol ganhasse vocação popular; a introdução do negro no esporte (a partir da figura de Arthur Friedenreich) e a questão do racismo; a profissionalização do futebol no governo de Getúlio Vargas e a ideia de identidade e unidade nacional por meio do esporte; a exploração do futebol por ditadores para ofuscar questões políticas; entre tantos outros acontecimentos, são exemplos do que é tratado em meio à história do futebol no Brasil. Dessa forma, é impossível discordar da afirmação de José Miguel Wisnik (2008, p. 28) de que “passam pelo futebol brasileiro linhas incontornáveis das interpretações do Brasil, que se irradiam pela música, pela literatura e pelas formas da sociabilidade”.

Cabe a nós reconhecer a contribuição de todas essas informações para nossa bagagem cultural e de conhecimento histórico sobre o nosso país, e a proposta deste artigo é mudar o cenário que afirma que o torcedor geralmente é “desinteressado” por livros ou pouco se preocupa em se aprofundar na história do futebol. Como exemplo, temos a ideia de Wisnik (2008, p. 11) de que “quem vive o futebol não está interessado em ler sobre ele mais do que a notícia de jornal ou revista, e quem se dedica a ler livros e especulações poucas vezes conhece o futebol por dentro”.

Ler um livro de futebol, por gostar de futebol, e acabar por compreender outros fatos históricos, sem pretensão, parece ser um bom negócio. Esse tipo de leitura, não obrigatória, cuja escolha está nas mãos do leitor, com certeza é capaz de incentivar a prática do ato de ler com mais frequência e promover cada vez mais conhecimento.

Os livros como território de debates sociais, polêmicas e denúncias

É inegável que os livros, em geral, são território de debates, polêmicas e denúncias. Diversos deles já foram alvo de grandes polêmicas e tentativas de proibição de suas publicações, o que é recorrente no mercado editorial. Entre os livros de futebol, isso não é diferente.

Para ser breve, podemos exemplificar essa questão com três livros muito conhecidos, de gêneros e de épocas distintos: O negro no futebol brasileiro, de Mário Rodrigues Filho; Estrela Solitária, de Ruy Castro; e Jogo sujo, de Andrew Jennings. Embora este último não seja brasileiro, a Panda Books publicou sua tradução principalmente porque a CBF era citada por Jennings.[3]

O negro no futebol brasileiro, de Mário Filho

O negro no futebol brasileiro, de Mário Filho, em sua edição mais atual
O negro no futebol brasileiro, em sua edição mais atual (2010), pela Mauad Editora.

A primeira edição do NFB foi publicada em 1947, pela Pongetti Editores. Nele, Mário Filho, jornalista que dá nome ao estádio do Maracanã e é considerado “o pai da crônica esportiva brasileira”, dimensionou o futebol de maneira sociológica e antropofágica, algo que nenhum outro escritor havia feito de uma maneira tão completa. É um clássico da literatura esportiva brasileira e aborda questões como o racismo e a própria inserção das classes menos abastadas na prática do jogo.

Com prefácio de Gilberto Freyre, um dos maiores sociólogos do país, esse livro se tornou referência para os mais diversos estudos sobre futebol, além de ter tido uma edição traduzida para o inglês recentemente, no período da Copa do Mundo no Brasil, em 2014.[4] Tanto para pesquisadores quanto para leitores/torcedores, esse livro é de conteúdo muito rico e de leitura quase obrigatória. É ideal para promover reflexões de cunho social e a respeito da falsa ideia sobre a existência de uma “democracia racial”.[5]

Estrela Solitária – Um brasileiro chamado Garrincha , de Ruy Castro

Estrela solitária, publicado em 1995, pela Companhia das Letras
Estrela solitária, publicado em 1995 pela Companhia das Letras.

As biografias são um gênero de sucesso entre os livros de futebol, e estão entre os temas mais publicados, atrás apenas de livros de clubes e de literatura (TAKARA, 2014, p. 8).

E Estrela Solitária nada mais é que a história do nosso eterno ídolo Mané Garrincha. Ele foi biografado pelo jornalista e escritor Ruy Castro, que publicou, pela Companhia das Letras, em 1995, essa obra completa sobre o jogador.

O livro chegou a ser proibido um ano depois, devido a um processo movido pelas filhas de Garrincha – na verdade, por seus “advogados oportunistas”, segundo Ruy Castro –, já que a obra gerou uma grande polêmica em torno do drama vivido pelo craque por causa do alcoolismo. A publicação trouxe à tona a doença e também questões a respeito da vida fora de campo de um jogador de futebol heroicizado. É uma obra primorosa e bem produzida – para fazê-la, Ruy Castro realizou mais de 500 entrevistas e foi além do que todos já sabiam sobre Mané.

Jogo sujo – O mundo secreto da FIFA, de Andrew Jennings

Jogo sujo, traduzido e publicado pela Panda Books em 2011
Jogo sujo, traduzido e publicado em 2011 pela Panda Books.

Um livro que compõe a história recente do futebol é Jogo sujo, do jornalista escocês Andrew Jennings. A tradução para o português foi feita pela editora Panda Books e publicada em 2011 no Brasil.

Essa obra resulta de uma investigação realizada por Jennings a respeito de escândalos envolvendo a maior entidade organizadora do futebol, a FIFA. E por acreditar que o futebol pertence ao povo, o autor não se intimidou com as tentativas de proibição do livro. Como na Europa há uma flexibilidade editorial maior, não só houve a publicação como, posteriormente, a tradução para mais de 12 idiomas.

O nome completo, na edição da Panda Books, é Jogo Sujo – O mundo secreto da FIFA: Compra de votos e escândalo de ingressos, o que já chama bastante a atenção do leitor. Ainda na capa destacam-se os dizeres: “O livro que a FIFA tentou proibir”. Em meio às denúncias de corrupção do jornalista, estavam os nomes de João Havelange e Ricardo Teixeira, e a publicação dessas investigações culminou com a expulsão de ambos da entidade esportiva.

Um jogo cada vez mais sujo, traduzido e publicado pela Panda Books em 2014
Um jogo cada vez mais sujo, traduzido e publicado pela Panda Books em 2014.

Mais tarde, em 2014, a Panda Books também traduziu outro livro de Jennings, intitulado Um jogo cada vez mais sujo – O padrão FIFA de fazer negócios e manter tudo em silêncio. É também repleto de denúncias de corrupção na Federação, como o esquema fraudulento da venda de ingressos na Copa do Mundo, por exemplo. Além disso, todo esse contexto de investigações e publicações do jornalista deu a ele o título de “inimigo número 1 da FIFA”, e ele foi banido de todos os eventos da entidade.

Um balanço final

Como é possível notar, há uma infinidade de razões para que os livros de futebol entrem na lista de preferência dos leitores, assíduos ou não, e participem do processo de formação de leitores. A maior parte desses livros foi publicada já no século XXI, e as últimas edições da Copa do Mundo FIFA foram responsáveis por aquecer esse mercado ainda mais. Logo, atualmente, temos inúmeras opções de títulos, com diferentes abordagens e gêneros distintos.

O futebol, que nasceu com características socializadoras, é hoje também objeto de estudo. E pode ir muito além, pois por meio dele é possível aprender e apreender uma diversidade de informações e curiosidades para além do mundo esportivo.


Referências

GAMBETA, Wilson (org.). Primeiros passes. Documentos para a história do futebol em São Paulo (1897-1918). São Paulo: Edições Ludens, 2014.

MUNIZ JR., José de Souza. O grito dos pequenos. Independência editorial e bibliodiversidade no Brasil e na Argentina. São Paulo: Balão Editorial, 2010.

PIAZZI, Giulia. Esporte de massa como objeto de nicho: uma análise editorial do mercado de livros de futebol. 2015. 92 f. Monografia (Graduação em Letras – Tecnologias de Edição), Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Belo Horizonte. Não publicado.

SANTOS NETO, José Moraes dos. Visão do jogo. Primórdios do futebol no Brasil. São Paulo: Cosac Naify, 2002. Coleção Zona do Agrião.

TAKARA, Ademir Massayoshi. Livros sobre futebol publicados no Brasil (1903-2013). In: II Simpósio Internacional de Estudos sobre Futebol: expressões, memórias, resistências e rivalidades, 2014, São Paulo. 11 f. Não publicado.

WISNIK, José Miguel. Veneno Remédio. O futebol e o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.


Notas

[1] Bibliodiversidade, segundo a Libre (Liga Brasileira de Editoras), é um conjunto de ideias que tem como um dos objetivos “promover uma forma de produção editorial que leve em conta algo mais do que números brutos de vendas e grandes nomes da literatura”. Informação disponível em: <http://libre.tempsite.ws/artigo/26/dia-21-de-setembro–dia-da-bibliodiversidade>. Acesso em: 18 jun. 2016.

[2] Afirmação feita com base em dados fornecidos pela biblioteca do Centro de Referência do Futebol Brasileiro, do Museu do Futebol de São Paulo.

[3] Na série Papo de Editor, da PublishNews TV, Marcelo Duarte (editor da Panda Books) trata desse assunto e também fala sobre outros livros, em entrevista realizada em 2012.

[4] Em 2014, houve, por parte do Ministério do Esporte, a organização da tradução do livro O negro no futebol brasileiro, de Mário Filho, para o inglês, como parte da campanha do governo contra o racismo nos estádios na Copa, uma importante discussão explorada em torno do futebol. Mais informações em: <http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/03/1432213-livro-o-negro-no-futebol-brasileiro-ganha-edicao-em-ingles-na-copa.shtml>.

[5] Há um grande debate, nesse sentido, em torno do livro de Mário Filho. Recomenda-se a leitura de A invenção do país do futebol: mídia, raça e idolatria, organizado por Antônio Jorge Gonçalves Soares, Hugo Rodolfo Lovisolo e Ronaldo Helal e publicado em 2001, e também o livro Mil e uma noites de futebol: o Brasil moderno de Mário Filho, de Marcelino Rodrigues da Silva, publicado em 2007, que contém um capítulo sobre esse debate.

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Giulia Piazzi

É revisora de textos com muito amor pela profissão e se tornou árbitra-assistente após tanto utilizar o livro de regras como objeto de estudos acadêmicos. Especialista em Comunicação Digital e Redes Sociais (UNA), Mestra em Estudos de Linguagens e Bacharela em Letras - Tecnologias de Edição (CEFET-MG). Pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre Futebol, Linguagens e Artes (FULIA), da UFMG, e do Grupo Interdisciplinar de Estudos do Campo Editorial (GIECE), do CEFET-MG.

Como citar

PIAZZI, Giulia. Livros de futebol em pauta: sim, há diversos motivos para lê-los!. Ludopédio, São Paulo, v. 86, n. 10, 2016.
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